VICENTE DO REGO FILHO, natural de Portalegre-RN, nascido a 27 de janeiro de 1884, filho de Vicente do Rego Leite e de Maria José de Albuquerque Foi eleito presidente da Intendência Municipal de Portalegre, no período de 01 de janeiro de 1926 a 01 de janeiro de 1929; . Foi prefeito de sua terra natal, em duas Legislatura, eleito em 2 de setembro de 1928, tomou posse em 01 de janeiro de 1929. Esse mandato foi interrompido em 6 de outubro de 1930, pela Resolução de 1933, tendo sido o primeiro Prefeito constitucional de Portalegre. Voltou a ser eleito novamente em eleito em 2 de março de 1948 e tomou posse no dia 16 de abril do mesmo ano, governando até 31 de março de 1953. Meio século de vida pública e militância política de sua terra natal. Foram muitos os seus feitos que ficaram guardados na memória de seu povo. Como líder político de Portalegre desejava veementemente que a bandeira de luta e de honestidade por ele empunhada fosse para os seus filhos um símbolo imortal do direito a da dignidade humana.
Patriarca de numerosa família de 29 filhos, 40 netos e três bisnetos. Vicente Rego contraiu 3 casamentos. De suas primeiras núpcias com Dona Vicentina de Albuquerque, nasceram 6 filhos4 homens e duas mulheres), do segundo matrimônio com dona Maria do Rego, houveram 8, e do terceiro enlace conjugal com Dona Ana Nunes do Rego, nasceram 15 filhos, sendo 10 homens e 5 mulheres.
No ano de 1925, ingressou de corpo e alma na vida pública como Presidente da Intendência Municipal. Em 1926 foi eleito deputado estadual constituinte, na gestão do então governador José Augusto Bezerra de Medeiros, cargo este que naquela época era exercido, eventualmente através de nomeação do Chefe do Executivo. Posteriormente foi Suplente de Senador.
Como prefeito de Portalegre, onde encerrou sua vida pública, plantando cidades e novos núcleos urbanos, lutou com garra e dedicação construindo açudes, edificando escolas, mercados, cemitérios, feiras livres, ajudando a erigir capelas, abrindo estradas nos antigos povoados de Viçosa, Riacho da Cruz, São José dos Gatos(hoje Rodolfo Fernandes), Tesoura(Francisco Dantas) e Salamandra (São Francisco do Oeste.
Vicente Rego encarnou com rara convicção política, arraigado espirito de conscientização política e profunda vocação de liderança partidária e figura conciliadora e tradicionalista do velho "coronel sertanejo", Concentrou com sabedoria em suas mãs o influente pode de chefe político, sempre fiel as diretrizes do seu partido do qual servia com extremado zelo e severa disciplina política partidária. Conscientização das responsabilidade decorrentes dos encargos da chefia do executivo municipal e dos sérios desafios de sua problemática administrativa objetivam do sobretudo a satisfação dos seus municípios e o b em estar comunitário.
Pacato, mas severo quando necessário, tolerante porém justiceiro quando se fazia mister, ele manipulava os mecanismos da política municipal, através de uma larga visão administrativa e aguda competência decisória respeitando em todas as circunstâncias os princípios dos direitos humanos e as prerrogativas da justiça social que fazia valer principalmente em benefício da população mais humilde e necessitada de quem se tornou juiz, delegado, arbitro de questões de terras ou desavenças conjugais, banqueiro de pequenos investimentos comerciais, conselheiro e pacificador de todas as desordens e querelas que ocorriam no município. Homem de pouco estudo mas de grande experiência e generosidade resolvia com serenidade e corretíssimo todos os problemas em se fazia imprescindível sua palavra conciliadora.
Remanescente do amigo "perrepismo" oligárquico do PRP, cacique intransigente do tumultuoso Partido Popular de Zé Augusto, vigilante udenista de todos os movimentos de redemocratização do País. Vicente do Rego acompanhou solidário todas estas coordenadas cívicas da vida pública brasileira ao lado de companheiros valorosos como ajuda Jucelyn Vilar, de Martins, dos Rosados Maia, de Mossoró, Antônio Germano, de Luís Gomes e muitos outros altivos liderantes municipais da zona Oeste Potiguar.
Conviveu com uma época de profundas transições institucionais da vida nacional e muitos particularmente no Rio Grande do Norte, Em 1930, teve sua chefia municipal interrompida pela Junta Governativa do Governo Revolucionário de Vargas voltando posteriormente a dirigir o município, de 1948 a 1952, numa expressiva demonstração de prestigio e ´popularidade junto ao povo portalegrense.
Fazendeiro e agricultor Zona Rural do Município de Portalegre (Fazenda Poço Verde) jamais permitiu que suas atividades agro-pecuárias interferissem nos seus compromissos políticos conciliando proveitosamente ambas as profissões para melhor servir à sua terra e a sua gente
Faleceu no dia 15 de janeiro de 1975.
FONTE - LIVRO PORTALEGRE - ORIGEM E CONTEMPORANEIDADE, DE JOSÉ JACOME BARRETLO
